Ano novo… vida nova?

Com o aproximar do fim de um ano surgiu o hábito de serem estabelecidas resoluções para o Ano Novo que se avizinha. Mas porque é que estas “resoluções” ficam tantas vezes pelo caminho? O que contribui para que grande parte das pessoas, a poucas semanas do início do ano, desistam?

Há vários motivos para que isto aconteça. Numa primeira instância, as resoluções de ano novo são, habitualmente, muito genéricas: “(…) vou começar a fazer exercício físico” – ok, boa! Mas como? Quando? Sozinho ou acompanhado? Quantas vezes por semana?

Quando se estabelece uma meta que é abstrata, aumenta-se a probabilidade de não a alcançarmos porque não fomos capazes de a repartir em pequenos objetivos mensuráveis. Objetivos estes que, por um lado, ajudam a estruturar o seu plano de mudança e, por outro, quando atingidos transmitem uma sensação de “dever cumprido”, atuando como um reforço positivo.

Por falar em mudança, as resoluções são precisamente isso: uma oportunidade para mudar. E a verdade é que as pessoas poucas vezes têm esta consciência. Mudar implica alterar padrões do seu dia-a-dia, sair da sua zona de conforto e isso nem sempre é tão fácil como a frase “(…) vou começar a fazer exercício físico” parece implicar. Neste sentido, é importante questionar-se se está preparado para abraçar uma mudança na sua vida e quais são as consequências dessa mesma mudança.

Ano novo... vida nova?

Outra questão que passa despercebida nas resoluções de Ano Novo é que, sem disso ter consciência, a pessoa está aparentemente disposta a alterar uma lista bastante considerável de coisas na sua vida. Como referido anteriormente, mudar implica sair da zona de conforto e se uma mudança já é desafiante, propor-se a mudar várias coisas ao mesmo tempo é meio caminho andado para sair frustrado destas resoluções.

Assim sendo, porque não abraça uma mudança que tenha de facto significado e importância? Colocando de parte as típicas resoluções de ano novo que poderão não fazer tanto sentido para si?

Por fim, mas não menos importante, se no percurso eventualmente sentir que não está a conseguir cumprir com os objetivos curtos e mensuráveis que estabelecera, não assuma imediatamente que está a falhar e que, por isso mesmo, não valerá mais a pena tentar. Encontrar a melhor forma de atingir os seus objetivos implica, muitas vezes, uma técnica de tentativa-erro o que não faz de si incapaz, mas antes alguém persistente e mais conhecedor de si próprio!

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