E viveram felizes para… sempre?

Cresce-se a ler e a ver em filmes histórias encantadas de romances perfeitos, com contornos únicos e invulgares, quase como se astros e deuses conspirassem para que aquelas pessoas tropeçassem, por um mero e bonito acaso, uma na outra. A ideia de que as relações amorosas são perfeitas, sem problemas e destinadas a um “felizes para sempre” começa, indubitavelmente, a instalar-se em forma de expectativas, desejos e projetos em relação ao próprio e à relação amorosa em que está a investir.

Mas será que a realidade de uma relação, por mais estável e saudável que seja, é assim tão perfeita e encantada?

Quando se ouve que um casal nunca discutiu ou quando existe uma idolatração excessiva por parte de um dos membros do casal é motivo para suspeitar que algo não está a funcionar exatamente como deveria. A verdade é que as pessoas (por mais parecidas que possam ser ou parecer) têm percursos, valores, necessidades e exigências diferentes o que, obviamente – e felizmente, diga-se de passagem –, culmina em desentendimentos, trocas de ideias e discussões.

Estas discussões podem ser saudáveis e construtivas quando tidas com respeito, e tendo na sua base a escuta ativa, mas poderão também ser fonte de desentendimento no casal, caso a comunicação seja agressiva, em tom de acusação e de procura de responsabilidades.

A somar aos desafios do casal real surge a “rotina” que ao longo do tempo se vai instalando na dinâmica do mesmo. O perigo da rotina é a perceção do casal de que a paixão, investimento e atração que existiam no início da relação começaram a diminuir e, em consequência disto mesmo, questionarem o relacionamento e os sentimentos que nutrem um pelo outro.

Neste sentido, é premente que o casal não deixe de investir em si, traçando planos diferentes, procurando comunicar de forma saudável e cuidando do parceiro sempre que possível.

A ajuda da Psicologia Clínica Individual e/ou da Terapia de Casal, também poderá ser um ótimo veículo para a superação deste tipo de desafios, na medida em que ajuda a definir metas individuais e de casal mais realistas, explorar necessidades e desenvolver a comunicação entre os membros do casal, para que em conjunto encontrem a melhor solução para a relação – seja ela para continuar ou não.

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